sexta-feira, 26 de março de 2010

Isabela, a Nardoni

Essa semana ocorre o julgamento do caso Nardoni (E realmente já não consigo mais ouvir falar nisso. Há dois anos atrás, quando a primeira onda Isabela Nardoni enfim chegou à praia, eu dei graças a Deus por pararem de enfiar essa história guela abaixo em mim todos os dias. Ledo engano. Não acabou não, fera. A segunda onda Isabela Nardoni está aqui a encher a minha vida. Não vem com essa de que eu sou mau, não. 

Em 2008 eu até fiz piada, eu ri de seboseira e afins. É, eu fui muito mal. Percebi isso quando uma criança que eu conhecia morreu em circunstâncias semelhantes. Não foi engraçado, e eu não acharia legal se fizessem piada. Certo, mas não é aí que reside minha impaciência. O fato é que o garoto era legal, divertido, gente boa; e apareceu no jornal uma única vez. E a Isabela? Seria ela legal? Ela obedecia aos pais? Ela sabia fazer uma piada? Ela era uma boa aluna? NINGUÉM SABE! Mas todo mundo pensa que sim! Talvez por isso ela não saia da TV, dos jornais ou da Internet.

É nesse ponto que eu fico irritado. Poderia até citar as manifestações estúpidas de pessoas que nunca viram a garota lá na frente do tribunal, mas nem vou gastar parênteses com isso. Eu to irritado porque adoro portais de notícias, tele-jornais e jornais impressos; E NÃO AGUENTO MAIS VER ISSO NO DESTAQUE! Seja na capa, ou o primeiro link ou mesmo tendo um repórter dando cobertura ao vivo. Ela ganha mais destaque do que um terremoto que matou 1000, ou um atentado terrorista que matou 50, ou um desastre natural que matou 25; e eu pergunto: O QUE ELA FEZ PRA SER TÃO IMPORTANTE?

E me vejo obrigado a repetir: eu não sou mal, porra. Não tenho nada contra ela, mas também não tenho nada a favor. Porque, na real, eu nem gosto de criança, esteja ela na sacada ou no gramado. E do jeito que tá, parece que foi no meu quintal que ela caiu. Nos meus portais de notícia, Isabela. Na conversa com a família, Isabela. Na escola, Isabela. No meu blog, Isabela.

Mesmo tendo supostamente aprendido a lição em 2008, eu me encontrava tão puto que, quando me deparei com determinada merda [http://www.orkut.com.br/Main#AlbumZoom?gwt=1&uid=9663653564402926173&aid=1262028002&pid=1269652211429], eu ri feito um maluco. Ri mesmo, no duro. Ela ainda não foi beatificada, ainda sobra espaço pra uma ou outra besteira livre de excomunhão.

TORNO A DIZER, eu não sou mal. Entendam meu ponto de vista. Se invadirem o cemitério e abrirem a cova dela, vai dar nem pra perceber de que ela morreu. Isabela Nardoni estará como qualquer outro cadáver: verme e osso. Não adianta sentir nojo, só podemos fugir disso com uma cova anti-vermes ou então não tendo ossos. Acho que esse não é o caso da Isabela, pois se ela nascesse sem ossos provavelmente morreria sem causar todo esse alarde.

Enfim, acho que já falei demais. E ainda acho que qualquer um que ler isso duvidará da existência de um coração nesse peito de quem vos fala. Bah, mas foda-se.). Só sei que ele está demorando muito..


quinta-feira, 18 de março de 2010

Amigos, pero no mucho

Tenho muitos amigos (Isso, porém, parece não significar muita coisa. A maior parte deles não passa de colegas ou conhecidos, que desaparecerão da minha vida assim que nossos compromissos deixarem de coincidir. De qualquer forma, nunca me importei com esses).
E talvez tenha bons amigos (De uns dias pra cá venho me questionando muito a respeito. Até pouco tempo, eu colecionava 'melhores amigos'. Com o tempo, comecei a desconfiar da minha importância na vida deles. Sempre eu puxando assunto, sempre eu procurando por eles, sempre eu resolvendo os problemas.. Um belo dia resolvi dar um gelo em todos para ver quem apareceria primeiro pra perguntar qual era o problema. Continuo esperando). Talvez.

sábado, 13 de março de 2010

Post Inicial

Criei um segundo blog (Sim, muitos irão questionar o por quê de eu ter feito isso sendo que já tenho um blog. Respondo: o 'Parado aí, seu Comunista' é um blog onde eu conto várias histórias e aventuras no intuito de fazer as pessoas rirem. Bom, é certo que eu não vivo histórias e aventuras todos os dias; mais certo ainda que não consiga escrever coisas engraçadas o tempo inteiro. Isso torna meu primeiro blog difícil de se atualizar com frequência.
E como a criação de outro blog muda isso? Posso não me aventurar todos os dias, mas nunca paro de pensar. Essa é a intenção desse blog: transcrever todos os pensamentos que nunca saíram dos parênteses da minha mente. Pensamentos ácidos, sádicos ou mesmo emotivos; que diferem das coisas que eu falo para as pessoas no dia a dia. Muitos dos posts poderão ser pequenos, quase monossilábicos, e livres da obrigação de serem engraçados).

Funcionará quase como um Twitter (Mas não será um Twitter porque eu odeio o Twitter. Então é um blog com função de Twitter, não o contrário).

Meu mascote será o Lula Molusco (Quem melhor que ele pra ilustrar a minha vida aqui na chamada 'vida real'? Um ser que em tudo aparenta ser velho e anti-social: sua cara, suas roupas, sua casa, seus hobbies e seu modo de vida. Seu maior desejo é poder tocar sua clarineta livre dos indivíduos -Roberto Esponja e Patrício Estrela, respectivamente- que insistem em ridicularizar ou minimizar seus gostos. A luta, porém, é desigual. Além de, sozinhos, já serem maioria na rua; ainda contam com o apoio e a simpatia de toda a Fenda do Biquini, que é unânime em dizer que o jeito com que os trombadinhas vivem a vida e oprimem Lula Molusco é mais divertido e dá mais audiência do que a aceitação e o entendimento da vida deste.
Tudo o que eu quero é poder tocar minha clarineta em paz, o que de jeito nenhum significa que eu queira tocar sozinho. Preciso encontrar mais tocadores de clarineta, que não acham que devem se juntar aos trombadinhas para conseguir aceitação social).

E fim de papo (Comentem).